O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi questionado durante o depoimento à Polícia Federal na quinta-feira (22.fev.2024) se ele se identificava como “cis” ou “trans”. A pergunta se referia ao termo cisgênero, que é usado por pessoas que se identificam com o sexo biológico (masculino ou feminino) com o qual nasceram.
Depois da pergunta do delegado do caso, o ex-chefe do Executivo disse desconhecer o termo “cis”. Esse tipo de indagação passou a ser um novo procedimento protocolar para qualificar quem vai ser ouvido pela PF.
Agora ao qualificar depoentes, a polícia usa expressões como cisgênero e transgênero para adequar os documentos à política LGBTQIA+ do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em alguns casos, a identificação também pode incluir “orientação sexual” e o depoente é classificado como heterossexual ou homossexual, por exemplo.
Bolsonaro ficou em silêncio durante o resto do depoimento da PF, no qual foi questionado sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado para mantê-lo na Presidência em 2022 depois da eleição daquele ano e também a respeito de eventual na organização dos atos de 8 de janeiro de 2023, quando prédios públicos foram invadidos e depredados em Brasília, no qual o governo Lula nunca liberou as imagens. Paulo Amador da Cunha Bueno, advogado do ex-presidente, classificou as investigações como “semi-secretas”.