O próximo domingo (25) pode entrar para a história do Brasil como o palco da maior manifestação política já vista na história do país. A convocação feita pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para que seus apoiadores retornem às ruas está ganhando grandes proporções, analisa o conferencista João Pedro Pugina.
Pugina, conhecido por sua influência no segmento cristão e por seu engajamento político e social, participa frequentemente de eventos, congressos e mobilizações de cunho religioso. Acostumado a lidar com grande adesão de público, avalia que o ‘Ato Pela Democracia’ tem sido o assunto principal nas redes sociais, até mesmo se sobrepondo a outros temas políticos atuais. Ele observa uma postura ainda mais pacífica e organizada na convocação, o que pode silenciar qualquer narrativa da oposição.
Desta vez, a adesão está indo além da bolha, argumenta, podendo até mesmo atrair um público que não se identifica como ‘bolsonarista’, mas que está insatisfeito com a atual gestão do governo Lula e/ou com as supostas arbitrariedades jurídicas contra o ex-presidente. Isso inclui o eleitorado preocupado com a situação econômica do país, além de questões relacionadas à justiça e liberdade.
Como temos mostrado, a expectativa de Bolsonaro é reunir um grande número de apoiadores, com o objetivo de superar os recordes de mobilização anteriores, como os protestos de 2016 pelo impeachment de Dilma Rousseff, que reuniram 1,4 milhão de pessoas. O ex-presidente espera chamar a atenção não apenas da imprensa nacional, mas também da imprensa internacional para o evento.
Desde que a convocação foi anunciada, a direita tem se mobilizado para promover a manifestação, com diversas personalidades influentes confirmando presença e incentivando a participação como o governador de São Paulo Tarcísio de Freitas. A expectativa é lotar todos os 18 quarteirões da Avenida Paulista, em uma demonstração de força que seria inédita no país.