Em menos de uma semana o Brasil vive uma crise no sistema penitenciário sem precedentes com fugas em massa de presos por todo o país. Após o caso da penitenciária federal de Mossoró (RN), que se tornou palco da primeira fuga em um presídio de segurança máxima no Brasil, ocorrida na última quarta-feira (14), no qual dois líderes da facção criminosa Comando Vermelho fugiram pelo teto e ainda não foram capturados, várias outras fugas estão ocorrendo.
Na sexta-feira (16), a tranquilidade da cidade de Pimenta Bueno, em Rondônia, foi abalada com a fuga de pelo menos 13 detentos da Casa de Detenção local. O fato mobilizou as autoridades locais em uma grande operação de recaptura, mas somente 4 foragidos foram recapturados até o momento.
Já na segunda-feira (19), 17 presos fugiram da penitenciária Dom Abel Alonso Nuñes, no município de Bom Jesus, cerca de 600 km da capital Teresina, no Piauí. As causas da fuga ainda estão sendo investigadas.
Segundo a Secretaria da Justiça, através da Diretoria de Unidade e Administração Penitenciária (DUAP), desde a ocorrência, todas as forças de segurança do Estado entraram em ação para a recaptura dos foragidos, mas ainda não há recaptura até o momento.
Dois detentos também são procurados após fugirem do Presídio de Teófilo Otoni (MG) na manhã de sexta-feira (16).
Já no Ceará, um detento identificado como Antonio Dourado da Costa Neto também teve a fuga confirmada na segunda-feira (19), ele fugiu na madrugada, informou a Secretaria de Administração Penitenciária do estado.
O ministro da Justiça e da Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, afirmou no domingo (18), que ainda não é possível estipular prazo para captura dos dois fugitivos da Penitenciária Federal de Mossoró (RN).
A fuga dos dois detentos ocorreu há uma semana e a última vez que foram vistos foi na sexta-feira (16), quando fizeram uma família refém a 3 km do presídio.
Lewandowski, que viajou a Mossoró, atualizou que a força tarefa para recaptura passou de 300 para 500 agentes policiais federais e estaduais.