Em uma séria, mas esperada, derrota para o governo, o Senado aprovou na noite de ontem, por 62 votos a 2, o Projeto de Lei que acaba com a chamada saidinha, quando criminosos são liberados para passar datas comemorativas nas ruas, devendo retornar para a cadeia depois. Foi mantida somente a saída para participar de cursos profissionalizantes.
Como foi modificado, o texto volta para a Câmara, onde havia sido aprovada em 2022. Entre as mudanças incluídas pelo relator, Flávio Bolsonaro (PL-RJ), está a exclusão do benefício para quem cometeu crime violento ou grave ameaça. Hoje, só os condenados por crimes hediondos têm a saída vetada.
Já é praticamente certo que o presidente Lula vetará o fim da saidinha, caso aprovado na Câmara, conta Valdo Cruz. O Planalto avalia que o projeto prejudica a ressocialização de presos e aumenta a tensão nas penitenciárias.